Minas na Esportiva - Vanessa Crippa

WAG e cool girl dos esportes! ✨⚽️

Sim, ele voltou! O quadro mais amado do blog do MDT✨. O Minas na Esportiva é um espaço dedicado ao destaque de mulheres incríveis que fazem parte do mundo esportivo. Seja nos bastidores, nas quadras, nas arquibancadas ou nos microfones, essas minas mostram que lugar de mulher é onde ela quiser... inclusive na esportiva, sim!

Como ainda estamos num climinha de Dia dos Namorados… Nada mais justo do que conversar com uma WAG (sigla inventada para se referir às namoradas e esposas de atletas)! Até porque todo mundo precisa daquela pessoa especial que te apoia não importa a situação 💖 Love is in the air, Torcedoras!

De Frente com MDT — edição Minas na Esportiva

Nossa convidada suuuper especial essa semana é: Vanessa Crippa (@vanessacrippa), que viralizou no TikTok com uma série de vídeos procurando as figurinhas do marido no álbum da La Liga! Nascida em Pinhais, no Paraná, ela é casada com o jogador Patrick Soko - mais conhecido como “Vanesso” para os íntimos 💅 - ponta direita do S.D. Huesca, um time da segunda divisão da La Liga, e parte da atual seleção do Camarões. O casal logo viralizou no TikTok, e simplesmente não para de invadir a nossa for you! Vanessa e “Vanesso” tem ganhado cada vez mais seguidores que amam acompanhar os bastidores dos jogos, as diferenças culturais entre uma brasileira e um camaronês e, principalmente, a vida de um casal que se apoia nos momentos bons e ruins!

@vanessacrippa1

Respondendo a @JARDEL | SKINARMY 👊🏻 AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA 😭😭😭😭😭😭🗣️🗣️🗣️

No papo com o MDT, ela contou sobre o começo da sua paixão pelo futebol, como começou a criar conteúdo, o início do romance com o atual marido e tudo que a gente morre de curiosidade pra saber sobre a vida das WAGs! Confira abaixo!

MDT: Vanessa, você já gostava de futebol antes? Acompanhava ou torcia para algum time?

VANESSA: Já! Eu sempre gostei de futebol porque eu sempre fui muito apegada ao meu pai. E ele sempre escutava os jogos porque a gente nem TV tinha.  Eu lembro que ele ouvia na rádio, mas eu não entendia muito bem. E ele torcia para o Corinthians e para o Atlético Paranaense - só que ele não admite que ele torceu para o Corinthians! Quando eu comecei a ir pra escola, passei a jogar com os meninos. Eu adorava porque eles tem muita energia. Gostava de brigar com os meninos, adorava xingar eles! Eu estudava em escola estadual, e teve uma vez que eles deram entradas para ir no jogo do Brasil que teve em Curitiba. Era no Pinheirão, um estádio que já nem existe mais! Para você ver o quanto eu sou uma idosa! Tinha um concurso das pessoas que jogavam futebol no recreio, para fazer um poema e ir no jogo. E eu era a única menina! Então eu falei: “Eu vou ganhar, eu tenho certeza que eu vou ganhar”. Pois é, menina… Eu não ganhei e fiquei muito triste. Então eu pedi para o meu pai me levar no jogo do Brasil porque era o meu sonho. Ele não conseguiu comprar porque era muito caro, e aí ele me levou no jogo do Atlético Paranaense. E ali, nunca mais quis deixar de ir porque eu amei. Eu vi o meu pai muito feliz naquele dia. Eu acho que ele não esperava, porque naquela época ainda tinha muito isso, né? Da filha, a menina, gostar de futebol. E ele ficou tão feliz que sempre que podia me levava. Teve uma época que, quando eu trabalhava entregando panfleto, fizeram uma promoção de sócio a 50 reais. Nunca mais isso vai existir na vida porque eram 50 reais mensais para ir em todos os jogos, menos se fosse para a Libertadores! E aí eu conseguia pagar e comecei a ir em todos.

MDT:  Agora você tá trabalhando mais como produtora de conteúdo, né? Como começou? De onde veio essa ideia de começar a postar TikTok? De postar a saga das figurinhas? Você esperava que ia ter toda essa recepção?

VANESSA:   Gente, eu nunca imaginei. Nunca! Eu esperava que ia bem. Mas, para o meu perfil, ir bem é quando eu vejo que tem 20 mil visualizações! Eu pensava que ia pegar 20 mil, 50 mil (visualizações)… o vídeo das figurinhas pegou 13 milhões! E eu fiquei maluca! Eu sempre amei falar e sempre morei fora. E eu era muito sozinha. Então, eu fazia vídeos antes de existir rede social. Porque eu fazia vídeo falando o que estava acontecendo para chegar no Brasil e mostrar para minha família. E eu nem postava, mas já era um vlog. Aí, quando começou o Snapchat eu passei a postar. Mas nunca foi com a intenção de crescer e trabalhar com isso. Porque eu não acreditava em mim. Mostrava uma coisa ali, uma coisa aqui. Quando eu estava solteira, mostrava as festas. Quando eu morei em Istambul, inclusive, eu fiquei famosa através de um time. Porque eu postava muito e os torcedores descobriram. E eles achavam incrível eu falando português e mostrando o time deles. Eles não entendiam nada - não sabiam nem se eu estava falando bem - mas começaram a me seguir. Foi uma loucura! Assinei até camiseta! Eu acho que é o meu destino mesmo, ser alguma coisa assim de futebol. Menos jogadora, né? Porque eu era ruim. Só que quando eu vim morar na Espanha, com o “Vanesso” ou Patrick. Não sei como você conhece ele!

MDT: Os dois nomes! Os dois!

VANESSA: Ele me apoiava muito. E quando você entra no país, eles não te dão os seus papéis. “Ah, bem-vinda! Tá aqui o teu documento! Pode fazer o que você quiser.Não é assim. E quando você está em trâmite de papel você não pode trabalhar. E eu trabalhei desde os 16 anos, eu não tenho preguiça de trabalhar. Então, quando eu cheguei aqui minha ideia era trabalhar. Até porque, no começo aqui na Espanha, ele ganhava pouco. Só que eu não podia por conta dos papéis. E aí ele ficava “Mas o negócio de internet… Você gosta!”. E eu falava “Gente, mas agora? Tô com 30 anos. Não vai dar em nada”. Só que acabou que o destino me deixou sem outra opção e eu comecei a postar vídeos. Só que tudo que eu não queria falar era da minha vida de esposa de jogador. E aí não tinha nenhum comentário, nenhum like, nada! Mostrava a rotina, o Huesca, falando espanhol, ensinando português para o Patrick… Mas sem falar de jogador. Era só meu marido estrangeiro. A primeira vez que eu postei um vlog indo no estádio já chamou mais atenção. Aí, não teve volta! Porque eu vi que era isso que as pessoas queriam ver. Só que nessa época o TikTok nem pagava. Eu comecei a subir um pouco mais, postar um pouquinho de jogador, me arrumando para ir no estádio. Mas bem tímida. Nada a ver com hoje! E ele era reserva, né? O povo metia hate porqueNossa, vai se arrumar toda pra ir ver ele nem aquecer?”. Quando o TikTok começou a pagar eu acho que nunca mais fiquei mais de dois dias sem postar. Já fazem dois anos.

MDT: Você tá com quantos seguidores no TikTok?

VANESSA: 325 mil, acho.

MDT: Meu Deus, é muita gente. Cresceu muito rápido, né?

VANESSA: Foi rápido. O Patrick sempre fala isso!

Um dia ele é o reserva, no outro dia ele é o herói, no outro dia ele é o vilão, no outro dia ele é o melhor. E isso afeta a nossa vida diretamente.

MDT: E já que a gente falou dele… Conta um pouquinho sobre como você conheceu o Patrick e como que vocês começaram a relação de vocês!

VANESSA: Essa história... Não me canso! Porque cada vez que a gente conta a gente lembra mais coisa. Foi em Cancún, em uma festa. Eu era completamente diferente do que as pessoas me conhecem hoje. E foi a minha amiga que pegou na mão dele e falou assim: “Vai lá e conhece minha amiga!”. Porque eu queria ir embora e ela não, então ela estava tentando me entreter. Mas ele ficou com medo porque minha amiga é famosa no México e estava com um segurança. Ele olhou para o segurança e pensou que era um namorado. Aí, ele falou: “Ah, não. Depois eu venho falar com ela”.  Quando ele voltou e me olhou… Diz ele que foi amor à primeira vista!

MDT: Awn, que fofo!

VANESSA: Para mim demorou um pouco porque eu era muito fria. Eu nem no amor acreditava. Mas tinha alguma coisa que ligava a gente. E a gente se via todo dia. Só que ele, na época, não tinha carro. Na verdade, ele tinha, mas o empresário que enganou ele estava usando e não queria devolver. É uma longa história… Ele ia me buscar a pé nos encontros. Ele não falou que era jogador em nenhum momento. E ele era muito tímido. Ele olhava na minha cabeça porque ele não conseguia olhar nos meus olhos, esse era o nível de tímido! Como ele foi me buscar a pé e a gente foi em um restaurante bem simples eu pensei que ele devia ter um trabalho simples, então eu nem perguntei. Deixei ele à vontade. Se ele quisesse falar, ele falava. E ele não comentou nada. Ficamos falando da família, da nossa vida, da infância. E nessa época ele tinha acabado de perder a senha de um Instagram. Então, quando eu perguntei ele falou que não tinha. E se aproveitou da situação. Porque aí ele pensou: “Já que ela está pensando que eu sou pobrinho, vou me fazer aqui de pobrinho, né?”. E um dia, ele foi me buscar de carro - que ele disse que era de um amigo - pra dar uma volta por Cancún. Uma hora chegou em uma parte que ele começou a andar bem devagarzinho com o carro. E eu perguntei o que estava acontecendo. E ele disse: “É que eu estou ali naquele outdoor”. Eu fiquei tipo “Como assim esse outdoor?”, porque lá eles colocam o próximo jogo no outdoor na frente do estádio. E lá estava ele, bem no meio. A minha cabeça bugou por um momento. Porque é um jogador você espera que vai estar ali, né… Ele não era assim. Até hoje, ele não é assim. Aí, foram dois extremos. Porque eu achava que ele era pobre, aí descobri que ele era jogador. Mas era reserva e estava com o salário atrasado faziam cinco meses. Aí, tudo fez sentido.

MDT: Como é essa vida de ser esposa de jogador? De estar ali apoiando os bastidores? Principalmente nesse momento do Huesca, né? Tentando subir (de série).

VANESSA: É muito doido, essa semana é um exemplo de como nossa vida é. Porque no domingo eu estava muito triste, chorando. Porque eu sinto tudo. Se eu quero chorar, eu choro. Quando ele me ligou, eles estavam dentro do ônibus e ele também chorou muito. Todos os jogadores choraram, inclusive. O Huesca foi eliminado. Não tem mais chance de jogar o mata-mata. E aí ele falou: “Já que a gente não vai jogar o mata-mata, vamos de férias!”. Na segunda de manhã convocaram ele para a seleção do Camarões. Agora a gente já vai para Marrocos jogar com o Camarões. E é assim a nossa vida. Não dá tempo de você se recuperar e você não pode planejar nada. Porque tudo pode mudar. E é por isso que muita gente fala: “Por que vocês não vão para o Brasil?”. Porque simplesmente não tem como planejar. E a gente ainda não está no nível milionário. Muda tudo de uma hora para outra. Tanto as coisas assim na nossa vida, quanto no time. Um dia ele é o reserva, no outro dia ele é o herói, no outro dia ele é o vilão, no outro dia ele é o melhor. E isso afeta a nossa vida diretamente.

MDT: E como é o bastidor de dia de jogo para você? Como é a sua rotina? O que tem de legal? O que você acha que é mais diferente de assistir como torcedora e de estar lá pra apoiar seu marido?

VANESSA: Eu sempre falo que é o máximo! Porque antes eu apoiava homens que eu nem sabia quem eram. Agora eu apoio o meu homem. Então é maravilhoso. Mas ao mesmo tempo o “nervoso” é muito além. Porque não é sobre perder o jogo. É sobre o seu marido sair dali bem. Porque o futebol é um esporte perigoso, querendo ou não. Tudo pode acontecer. E às vezes acontece uma lesão ou às vezes bate a cabeça. Ou eles estão ali no chão e já passa um filme na sua cabeça.

MDT: E eu tenho que te perguntar: Como começou a superstição do sapatinho branco? 

VANESSA: Estrela de muitos vídeos, né? Ficou invicta esse ano inteirinho, acredite ou não! Todas as vezes que eu levei, ganhou! Ela é uma chuteira mesmo. Só que ela tem um saltinho. Inclusive agora eu estou indignada porque está na moda usar chuteira - aqui na Europa - com roupa normal.

MDT: Você que começou a tendência!

VANESSA: Eu que comecei! Só que ela é cara, por incrível que pareça. É um item de luxo. A gente não está nesse nível de gastar muito e eu ficava pedindo para o Patrick, só que de brincadeira, porque eu nem achava que ele ia me dar. Eu ficava: “A chuteira de salto é linda. É minha cara!”. Eu era modelo antes, trabalhava com moda. E é uma coisa que mistura moda e futebol. É uma colaboração de uma marca francesa que eu adoro com a Nike. Aqui na Espanha, eles não dão muito presente de Natal, é mais no Dia de Reis. Então passou o Natal, e ele conseguiu a chuteira para mim no Dia de Reis. Quando ele me entregou eu chorei e disse: “Essa chuteira vai ser um marco na nossa história, você vai ver”. E aí o primeiro jogo que eu fui - na época ele jogava no Ibiza - foi no ano passado. Eles estavam sem ganhar faziam dois meses. Eu coloquei a chuteira, eles ganharam. Aí que começou. Só que eu ficava com dó de usar ela. Porque é mais um negócio de colecionador. Quando chegou aqui, ele nunca tinha feito um gol profissional - porque aqui na Espanha eles só consideram profissional a La Liga e a La Liga 2. Ele entrou em alguns jogos mas não fez gol, não fez nada. E os próprios seguidores me escreviam e falavam pra colocar a chuteira da sorte pra ver se saía o gol. Montei o look, fiz foto um dia antes e falei que a chuteira ia no estádio pela primeira vez. E esse dia foi o primeiro gol dele na La Liga 2, como profissional. Foi um negócio, assim, que nem eu estava acreditando!

MDT: É mágica!

VANESSA: E eu fiz um show naquele dia! Eu chorei! E aí, depois o povo começou a falar - quando o time começou a ir bem - para levar a chuteira na bolsa. Levei na bolsa e funcionou. E todos os jogos que eu levei - a prova tá nos vlogs - ou a gente ganhou ou o “Vanesso” fez gol. A gente nunca perdeu, só empatou.

MDT: E pra gente encerrar com chave de ouro: Tem uma história ou algum momento que tenha te marcado positivamente ou negativamente nesses anos de parceria com o Patrick? A história de vocês é linda!

VANESSA: Menina, vou te contar uma história inédita! Porque quem for ler o blog vai merecer ver uma história inédita! (💘) Foi a história do empresário que roubava ele. Um dia eu vou dar detalhes mas o que eu posso dizer por agora é que ele mentia para o Patrick. E na pandemia, o time do México - porque ele jogava na segunda divisão do México - falou que eles não iam arcar com nada, porque a pandemia poderia durar um ano ou poderia durar um mês. E a gente foi pra uma casa desse empresário. E foi um inferno. Desde o primeiro dia que eu conheci esse homem, eu senti que ele não era uma boa pessoa. Porque ele falava e eu sentia que ele estava tentando me manipular. E ele não queria que o Patrick saísse do México. E eu ficava “Gente, mas por quê? Se para ele também é bom que o jogador dele cresça”. E eu fui bisbilhotando e descobri que ele roubava muito, desviava dinheiro do patrocínio. Por isso não era do interesse dele que o Patrick saísse do México. Mas o empresário falava que era porque ele não tinha futebol para jogar na Europa. E eu sempre falava que tinha, e um dia a gente até discutiu na mesa por causa disso! Ele queria mandar o Patrick para a Colômbia e eu falei que não, que ele tinha que jogar na Europa. Ele tem futebol para jogar na Europa! E o empresário falou assim: “Ah, é por isso que mulher não entende de futebol, né? Fica na sua que mulher não se mete em conversa de empresário”. Eu olhei e disse que no dia que eu estivesse lá (na Europa) eu mandava um postal. E todo mundo riu, ficou na brincadeira. Pois, acho que já tá na hora de mandar o postal para ele, né, porque... Estamos aqui! Gente, aqui estão os maiores do mundo. E ele tá fazendo modo carreira na vida real! Aguardaremos os próximos capítulos, né?

MDT: Sim! Vai subir para a primeira com direito a muita chuteirinha branca nos jogos! Vai dar certo! Vanessa, muitoooo obrigada!

VANESSA: Amei!

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